domingo, 20 de julho de 2008

A Ilha - Aldous Huxley


Este romance de Aldous Huxley, o último que escreveu, publicado pela primeira vez em 1962, tem certos pontos de contato com o pesadelo de Admirável Mundo Novo. Naquele livro Huxley propunha questões terríveis sobre uma possível ditadura tecnológica, imaginando como um cientista, detendo o poder absoluto, resolveria seus problemas de governo. Que medidas tomaria para suprimir as inconvenientes diferenças individuais que dificultam a administração política? E como manipularia as mentes e corpos de seus concidadãos para que aceitassem de bom grado sua escravidão, preservando sem embargo a independência da oligarquia dominante?

Em A ILHA o conjunto de indagações em torno do papel da ciência na vida social toma outra direção, aparentemente menos pessimista e sombria. Aqui Huxley examina como seria uma sociedade que amasse a liberdade e se dedicasse inteiramente ao propósito de auxiliar seus membros a realizarem suas potencialidades desejáveis, nos planos da fisiologia e da psicologia, da vida familiar e da organização social, da razão e do instinto, do sexo e da espiritualidade, do amor e da morte.

"As pessoas", diz uma personagem dessa fantasia utópica, "são ao mesmo tempo as beneficiárias e as vítimas de sua cultura. Ela as faz florescer, mas também as poda ainda em botão ou planta-lhes um câncer no íntimo. Seremos capazes, nessa ilha proibida, de evitar o câncer, minimizar a poda e fazer com que os indivíduos desabrochem mais plenamente?"

A concretização dessa espinhosa tarefa motiva todo o enredo de A Ilha, com resultados inesperados. Como declarou a revista Punch, está é "uma sátira letal, e ao mesmo tempo, um romance extremamente empolgante." (reprodução da apresentação da orelha do livro - 12a Edição)

Indicação e gentileza da www.cliquelivros.com
(livros novos e usados, raros e fora de catálogos. Cds, Dvds, HQs, Vinil, Revistas, Mangás e Literatura de Cordel)

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